terça-feira, 13 de abril de 2010

Nós teremos fome do que nos alimenta

A fome é o elemento principal pelo qual nós iremos ou não buscar a Deus. Deste modo deveremos ter em mente que nós temos total controle do nosso apetite, não Deus. Quais apetites e anseios nós iremos desenvolver? Por que muitos crentes têm um relacionamento superficial com Deus? Por que eles não procuram um profundo e mais consistente relacionamento com Ele? O que iria os acender e fazê-los responder a seu chamado para se aproximarem? A fome e a sede de conhecê-lo.
Davi clamou:


“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
Quando irei e me verei perante a face de Deus?
As minhas lágrimas tem sido meu alimento dia e noite;
Enquanto me dizem continuamente;
O teu Deus onde está?
Lembro-me destas coisas;
E dentro de mim se me derrama a alma.” (Sl. 42.2.4)


“Lembro-me”(zacar), em hebraico que quer dizer “reter no pensamento”. O dicionário VINE diz que essa palavra grega em inglês, significa: “Mais do que recordar”.
Isso de fato mostra a fome insaciável que Davi tinha por Deus. Essa fome faz com que venhamos a nos achegar a Deus sem olhar para os obstáculos que enfrentaremos.


Oração equivocada - Muitos oram, “Senhor aumenta minha fome por Ti”. Ainda assim isto não é correto. Somos nós que determinamos nossa fome, não Ele.

“A alma farta pisa em favo de mel, mais à alma faminta todo amargo é doce.” (Pv. 27.7)

Se nossa alma estiver cheia de entretenimentos, prazeres e desejos deste mundo , com certeza ela irá desprezar o doce favo da amizade de Deus. Se ela está sobrecarregada pelos desejos desta vida, podemos até não desprezar a comunhão com Deus, mais pegaremos bem mais leve. O volume das coisas do mundo em nós determina a nossa resposta para o chamado que Ele nos faz. É como quando comemos uma comida e ficamos satisfeitos. Se vamos a um lugar onde a comida é muito superior, não importa a qualidade da comida, não sentimos a mínima vontade de comer.


Exemplo de Davi - Davi foi um homem de muitos servos e riquezas. Entregou para seu filho Salomão quatro mil toneladas(100.000 talentos) de ouro, quarenta mil toneladas de prata, e bronze e ferro em tal abundância, que nem foram pesados (1 Cr 22.14). Mesmo assim, Davi se descreve em salmos:

“Inclina, Senhor, os ouvidos e reponde-me, pois estou aflito e [pobre] necessitado” (Sl 86.1).

Declarou-se pobre e necessitado! E ele não podia estar sendo político com Deus, pois estava sendo inspirado por Ele. Davi estava cativado pela fome divina, completamente desesperado por intimidade com Deus. Ele nunca deixou que suas riquezas saciassem o apetite de sua alma (Sl.42.3).

Uma palavra aos pastores - “Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago de suas obras”. (Oséias 4.9).
Podemos facilmente dizer: “Como é o Pastor assim é o povo” – se falta paixão ao Pastor, o povo é indiferente também.

Termômetro espiritual - Recaídas não começam quando estamos enrolados em pecados etc. Recaídas começam quando nos achamos indiferentes às escrituras e coisas de Deus, acontecem quando estamos mais atraídos pelas coisas naturais do que as coisas de Deus.
A fome é seu termômetro espiritual. Um sinal de enfermidade espiritual é a falta de apetite pelas coisas de Deus. A fome pela palavra e presença de Deus é sinal de saúde espiritual.


Guardando o que é mais precioso - “Sobre tudo que se deve guardar, guarda o coração”.(Pv. 4.23)
Não há nada mais importante para nós guardarmos, prestarmos atenção ou protegermos. As pessoas guardam aquilo que consideram ter mais valor para elas. E Deus diz que o que temos de mais precioso na terra são nossos corações. A partir daí saberemos reconhecer o espírito do mundo que está em inimizade com o Espírito Santo.

Quais cuidados, desejos, e prazeres que você está mais vulnerável? Como eles podem diminuir sua fome pelo “doce favo de mel” da amizade de Deus? Como você avalia seu apetite espiritual? Satisfeito? Faminto? Indiferente? Quais os passos você pode dar hoje para guardar seu coração? Existe alguma “porcaria” espiritual em sua dieta que precisa ser eliminada?

“Porque Ele sacia o sedento e satisfaz plenamente o faminto”. (Sl. 107.9)


Rafael Maroun.

rafaelmaroun@hotmail.com

www.rafaelmaroun.wordpress.com

Abominações na casa do Senhor

Ezequiel 8: 1-16

“1 No sexto ano do sexto mês, aos cinco dias do mês, estando eu sentado em minha casa, e os anciãos de Judá, assentados diante de mim, sucedeu eu ali a mão do SENHOR Deus caiu sobre mim.

2 Olhei, e eis uma figura como de fogo; desde os seus lombos e daí para baixo, era fogo e, dos lombos para cima, como o resplendor de metal brilhante.

3 Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus.

4 Eis que a glória do Deus de Israel estava ali, como a glória que eu vira no vale.

5 Ele me disse: Filho do homem, levanta agora os olhos para o norte. Levantei os olhos para lá, e eis que do lado norte, à porta do altar, estava a imagem dos ciúmes, à entrada.

6 Disse-me ainda: Filho do homem, vês o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Pois verás ainda maiores abominações.

7 Ele me levou à porta do átrio; olhei, e eis que havia um buraco na parede, então me disse: Filho do homem, cava naquela parede.

8 Cavei na parede, e eis que havia uma porta.

9 Disse-me Entra e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui.

10 Entrei e vi; eis que toda forma de répteis e de animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redar.

11 Setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que se achava no meio deles, estavam de pé diante das pinturas, tendo cada um na mão o seu incensário; e subia o aroma da nuvem de incenso.

12 Então, me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O SENHOR não nos vê, o SENHOR abandonou a terra.

13 Disse-me ainda: Tornarás a ver maiores abominações que eles estão fazendo.

14 Levou-me à entrada da porta da Casa do SENHOR que está no lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.

15 Disse-me: Vês isto, filho do homem? Verás ainda abominações maiores do que estas.

16 Levou-me para o átrio de dentro da Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto para o oriente; adoravam o sol, virados para o oriente.”


- Nós criamos nosso próprio Deus.

“até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus.”

Nesse texto, o profeta relata sobre a imagem dos ciúmes que estava colocada na casa de Deus. A referência pode ser ao poste-ídolo que Manassés colocou no templo. Partindo do fato de que hoje, nós somos a casa de Deus, então somos os responsáveis pelos “ciúmes” de Deus. Ciúme é o sentimento produzido pelo receio de que a pessoa amada prefere a outrem. Se Deus tem ciúmes de nós, significa que temos preferido a outras coisas, não a ele. Na noite passada ouvi o depoimento de um irmão que estava muito quebrantado em relação a esse assunto. Disse que numa noite, chegou em casa cansado do trabalho, mas lembrou que era dia de jogo do Flamengo. Mesmo cansadíssimo, ligou a televisão, e trocou horas de sono pelo jogo. Acabando o jogo, ouviu a voz do Espírito Santo, dizendo: “- Eu não queria que você tivesse deixado de assistir ao jogo, só queria que tivesse a mesma disposição para mim”. Ele percebeu que o Deus dele, naquele momento foi o jogo.

Nossos desejos tem sido o nosso Deus. Onde você tem dedicado a maior parte do seu tempo?


- Nosso ego tem sido o nosso Deus.

“Ele me levou à porta do átrio; olhei, e eis que havia um buraco na parede...”

Quem é que deixa um buraco na parede da porta do átrio da casa do Senhor? Viaje comigo.

Quando falamos acerca de pecados do ego, logo pensamos em soberba ou orgulho, mas estes não são os únicos pecados do ego. O texto acima, nos fala de uma ferida na parede. Quem deixou lá essa ferida? Talvez alguém autopiedoso, que espera outra pessoa sentir pena da situação, e tente cuidar da ferida. Ou alguém autocomiserativo, que se prende aos seus próprios pensamentos, e se conforma com a ferida. Um decepcionado: Alguém o feriu, mas ele mesmo é orgulhoso demais para retratar

“então me disse: Filho do homem, cava naquela parede. Cavei na parede, e eis que havia uma porta. Disse-me Entra e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui. Entrei e vi; eis que toda forma de répteis e de animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redor.”

Deus, eu sua infinita sabedoria nos mostra o que acontece com este pequeno buraco, quando manda o profeta cavá-lo. Nós vamos cavando e abrindo ainda mais a ferida em nosso coração até se tornar uma porta. Uma porta de entrada para répteis e animais abomináveis. Nós, com nosso ego gigantesco, deixamos estes animais entrarem na casa de Deus, obrigando-o a retirar-se de casa (retira-se de nós).



- Nossos sentimentos tem sido o nosso Deus.


“Levou-me à entrada da porta da Casa do SENHOR que está no lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.”


Aqui, o profeta vê as mulheres com o coração vulnerável, chorando ao “herói” Tamuz, que segundo a mitologia babilônica, era um deus da natureza que morria no inverno. Vulnerabilidade é falta de comunhão com Deus. Se nos entregarmos a nossos sentimentos, a ponto de ficarmos tristes e depressivos, pecamos. Apresar de tudo o que passamos, temos que ser gratos a Deus pelo que Ele fez e faz por nós! Glória seja dada a Ele! Pelo seu sangue temos remissão de pecados! Por causa de sua morte podemos ter comunhão com o Pai! Sintomas de um coração vulnerável nos dizem que não temos desfrutado dessa comunhão.



- A religião tem sido o nosso Deus.


“Levou-me para o átrio de dentro da Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto para o oriente; adoravam o sol, virados para o oriente.”


Nós temos feito aquilo que nos é agradável fazer. Era natural para os povos antigos adorar ao mais poderoso objeto visível: o Sol. O sol é o astro central, é o que brilha com grande esplendor. É um padrão bonito de se ver. São nossos conceitos confortáveis sobre adoração. É quando entregamos a Deus o que queremos entregar. É quando nos alimentamos só do que é confortável de se ouvir, e esquecemos de fundamentos do evangelho como morrer para mim mesmo, renunciar tudo o que tenho, tomar minha cruz. É quando a religiosidade está no ar.

Não nos cabe criar conceitos em cima dos mandamentos do Senhor. Ele já os criou. Ele manda, nós fazemos. Nós não escolhemos o que vamos dar a Deus, ele é que escolhe o que quer receber e como quer receber. Nós não seguimos o padrão mais “bonito” e nem as palavras mais “belas”. Nós somos o que o Senhor quer que sejamos. E fazemos o que Ele deseja que façamos.



Daniel Giga

dansus90@gmail.com

segunda-feira, 12 de abril de 2010

John Piper - Estratégias para lutar contra a Lascívia


Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. É urgente a necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais que nos levam a fixar-nos em imagens sexuais. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos.
Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.
Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos. E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.1 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

Pai de misericórdias, quão freqüentemente
Deixamos de lutar contra a lascívia.
Temos abraçado o inimigo que faz guerra contra a nossa alma.
Perdoa-nos, de acordo com tua promessa de ser
Tardio em ira e abundante em misericórdia.
Vem agora e dá-nos nova determinação
Novo poder e nova visão de tuas
Promessas e de teu supremo valor.
Sacia-nos de manhã com a tua benignidade
Destrói a raiz de nossa lascívia com um prazer superior.
Em nome de Jesus, oramos. Amém."

Por John Piper.

domingo, 15 de novembro de 2009

Nossa vontade x Vontade do Senhor

Ageu 1:1-11
1 “No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo: 2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada. 3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. 9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? -diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. 10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. 11 Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos.”


Este texto, mais uma vez, nos prova a paciência de Deus em direcionar o povo ao centro de Sua vontade. Quando Israel foi liberto do império babilônico, o povo voltou à sua terra, começando assim a construir suas próprias casas. Mas o que há de errado nisso? O povo precisava de casas para morar, assim como eu e você, não é? Sim. Mas, a coisa certa, no tempo errado, é a coisa errada. O povo corria atrás de seus próprios sonhos e interesses, mas a Casa de Deus ainda estava em ruínas! Era tempo de edificação da Casa do Senhor, e não de suas próprias casas.

Às vezes nos perguntamos: “-Por que nada que eu planejo dá certo?” ou: “-Só comigo que as coisas não acontecem?” Você já parou pra pensar que talvez não seja o tempo de Deus em sua vida?
“Tendes semeado muito e colhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado.” Ag.1:6


Devemos edificar a Casa do Senhor. Quem é a casa de Deus? Somos nós. Devemos correr atrás de fazer a vontade d’Ele, não a nossa. Devemos estar em contato com Ele. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33. Então, façamos o seguinte: vamos edificar a Casa de Deus? Que o nosso caráter não permaneça em ruínas! Somos templo do Espírito Santo. Devemos nos arrepender de nossos pecados, trazê-los à luz, e não pecar mais! Edificar-nos. Entregar nossos sonhos a Deus, e dizer: “-Senhor, faça com isto o que quiser! Seja feita a tua vontade, não a minha.” O que importa, é a vontade do Pai. Ele é quem sabe o que é melhor para nós.
Que o Espírito Santo fale ao seu coração.

Daniel Giga
dansus90@gmail.com